12.28.2010

Manhã triste
Coração magoado
eu aqui, e você do outro lado.

11.04.2010

Ocupação Cultural



Ocupação S. f. 1. Ato de ocupar (...). Ato de ocupar-se, de trabalhar em algo. Ocupar V. t. d. 1. (...) exercer. (...); conquistar. Ocupar, o que é ocupar? O que seria ocupar, ocupar-se ou ocupação? Vem do dicionário de língua brasileira que primeiro: ocupação é um ato. Ato nos leva a cena. Há ação. Gosto da ideia Ocupação. Principalmente depois de ler e associar diretamente o ato aos verbos exercer, trabalhar em algo. O ato traz o verbo, o verbo sugere a ação que é o ato que trouxe o verbo. Os espaços precisam ser preenchidos, ocupados com inquietações, com cabeças que coçam e trabalham nervosas por dentro e por fora e pensam e permitem-se viverem novas situações e vivem. O sentimento de pertença faz parte da Ocupação. Fazer parte é ser. Parnaíba é cidade, é urbe que avança e precisa descobrir-se. É mais que brilhos, mais que paetês, plumas habituais. Todos somos no fundo, mais. Uns mais rasamente. Identidade. Dúvidas e mais discussões. Resultados. Arte cênica é pensamento que gira, que promove pensamento, que gera. Vamos ocupar! Pertencer. Ser. Conquistar.
O Projeto Ocupação Cultural é a primeira atividade de retomada do Centro Acadêmico de Pedagogia, em parceria com o Diretório Acadêmico da Universidade Federal do Piauí- Campus Ministro Reis Velloso, em comemoração ao Dia Nacional da Cultura (05 de novembro), no intuito de levar a arte em forma de manifestações criadas e organizadas pelos próprios universitários, para espaços comuns, partindo do princípio da universidade como espaço público.
A partir do Projeto Ocupação Cultural, os alunos passarão a incutir e multiplicarem em si o sentimento de pertença, valorizando regulamentos internos determinados pela instituição e reforçando o argumento do campus como espaço de vivência coletiva.
O Projeto sugere integração da população com a universidade através da ocupação de espaços convencionais e de uso comum com conteúdo artístico, distribuído entre atividades de artes plásticas, dança, cinema, teatro e performances.
Os objetivos do Ocupação fazer valer o quesito arte, localizado entre educação, ciência e inclusão social, na logomarca promovida pela UFPI; disseminar a cultura em suas diversas formas de apresentação; promover a discussão específica sobre o conceito de espaços públicos; promover discussões generalizadas acerca de temas recorrentes do universo acadêmico;contribuir com a formação de plateia e     oportunizar espaços para apresentações de artistas locais.
Conheça e participe da programação:
Às 08h da manhã será realizada a abertura oficial do Projeto Ocupação na praça da biblioteca com a execução de hinos e músicas pela Banda Municipal Simplício Dias da Silva.

Em seguida, às 10h, a programação tem continuidade com a primeira sessão de cinema alternativo da Programadora Brasil na sala 718.
Às 14h o projeto apresenta o solo de dança da bailarina Bárbara de Morais, do grupo Cabaça Produções, que aconteceráem frente ao auditório. Em seguida será aberta uma roda de poesias. Traga a sua!
16h inicia a segunda sessão de cinema alternativo da Programadora Brasil, em local a ser definido.
Em frente ao bloco de Pedagogia, às 16h, será apresentada a performance Angústia dos Anjos, com o grupo 7 faces.
Às 17h o ator Fernando Silva, do Grupo de Teatro Metáfora, apresenta Pranto por Inácio Sanches em frente ao bloco de Pedagogia
O encerramento será com a Orquestra Sesc de Câmara de Parnaíba.
Nos vemos!

9.12.2010

Maria, a Judia


Toda essa loucura aquecida em banho-maria temperava os meus dias lentos, mornos e frágeis. Me trazia qualquer coisa que certamente acentuava as circunstâncias pseudo-caóticas em que eu vivia. Só que essa porra toda ferveu. Mil graus, mano. E tudo ficou mais intenso do que eu sempre achei ser. Tudo parece estar no limite, prestes a transbordar e encharcar tudo de um vermelho negro. A personagem tomou vida pra si e agora anda por aí a causar constrangimento e caos com sua indisciplina e descrença social. Todos à merda! Não há tarja preta que ajuste os parafusos. Eu sempre te achei melhor do que qualquer psicotrópico, baby. Com esse teu jeitinho me-engana-que-eu-gosto você me levou a lugares desconhecidos e também sorriu ao passear no meu inferno usando calcinha cor-de-rosa-comportada. Eu segui todos os rastros que você deixou e caí em todas as suas armadilhas fáceis de prever. É quase suicídio deixar você se jogar em meus braços novamente, mas eu tô aqui pra morrer mesmo. E com toda essa intensidade que se instalou na minha vida, eu não posso abrir mão de ir além e nem deixar de sentir cada milímetro do aço perfurando a carne. Agora, na hora do golpe final, eu não posso fechar os olhos. 

(Wilton Isquierdo)

8.29.2010

SE CADA DIA CAI...

Se cada dia cai
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.


Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar a luz caída
com paciência.

(Pablo Neruda)